Este blog é organizado pelo Poeta Clécio Dias e tem o objetivo de preservar e divulgar a literatura de cordel da Capital da Sulanca.

25 de dezembro de 2008

E Agora Afrânio???

Um dos homens que mais se destacou em nosso cenário político como representante de um dos maiores sonhos das mentes mais esclarecidas de Santa Cruz do Capibaribe: lutar por um partido que não estivesse “ligado” aos dois grandes grupos políticos de nossa cidade! Isto mesmo, desde a fundação da UESCC (União dos Estudantes de Santa Cruz do Capibaribe), em 1989, o Professor Afrânio Marques, figura inseparável da organização estudantil em nosso município, juntamente com outros militantes, impulsionaram o que seria uma nova visão política e se levantaram contra a “idéia”, enraizada na cultura do povo desta cidade, de que o poder municipal deveria sempre estar ou nas mãos de um lado ou nas mãos do outro. Ou seja, foi ele um dos primeiros a semear a idéia de mudança política na cultura da Capital da Sulanca.A luta começou mais precisamente em 1996 quando o PT lançou um candidato a prefeito e pela primeira na nossa história tivemos três candidatos concorrendo à chapa majoritária. Nesse tempo, Professor Afrânio pleiteava o cargo de vereança obtendo inexpressiva votação em relação aos eleitos, mas uma votação impressionante em vista da posição em que estava: fora das duas alas populares. Isto é, desligado dos grupos ainda hoje, tratados sob uma visão arcaica e ultrapassada, sendo “ridicularmente” chamados de taboquinha e boca preta. Naquele ano, os militantes da “terceira via”, expressão tradicionalmente difundida em nosso meio, se deram conta de que Santa Cruz estava longe de aceitar a idéia de uma terceira opção.Com as eleições de 2000, sabendo da impossibilidade de ser eleito por uma terceira via, o Professor Afrânio compôs com a chapa da Oposição, liderada pelo então candidato a prefeito e hoje prefeito José Augusto Maia. A coligação do PT com o PSB em nossa terra não foi aleatória nem apressada. Aconteceram muitas reuniões, muitos compromissos foram assumidos, muitas promessas foram feitas levando a crer que o grupo taboquinha fosse diferente do grupo boca preta significando a mudança que o Professor Afrânio e seus simpatizantes tanto almejavam. É claro, no entanto, que o PT em Santa Cruz sabia que o partido denominado taboquinha não trazia em seu bojo os ideais petistas, mas pelo menos se acreditava que se aproximasse. Puro engano. Ao assumir o cargo de prefeito em janeiro de 2001, José Augusto se posicionou de forma “contrária” aos compromissos assumidos com o PT e frustrou os sonhos dos petistas, ainda mais de Afrânio que se elegera vereador, ocasionando um grande mal-estar entre o vereador petista e os simpatizantes do grupo taboquinha!Em fins de 2002, a eleição da presidência da câmara municipal seria a cartada final do magrelo em contraposição à figura do prefeito em quem tanto teria acreditado em dois anos anteriores. A situação era tal que Afrânio queria compor com a situação sendo ele presidente e os demais membros da mesa diretora da casa escolhidos dentre vereadores aliados ao prefeito. José Augusto não quis. Talvez pensando que o Professor fosse ceder às pressões dos partidários ou talvez pensando que Zilda Moraes fosse menos “perigosa” à suas pretensões. Fico com a segunda opção, embora Zilda fosse ferrenha opositora do prefeito, este sabia os vetos de Zilda seriam facilmente “justificados” pelo grupo de situação, sob a alegação de que Zilda seria da Oposição e que só queria o “mal” de Santa Cruz. Em relação a Afrânio não. Qualquer eleitor, por mais “alienado” que fosse, não colocaria na cabeça o pensamento de que Afrânio poderia significar a figura do contra, pois Afrânio tinha sido eleito no palanque do prefeito e não pertencia à Oposição naqueles anos.Em 2004, já não se acreditava mais que o grupo taboquinha representava a mudança. O PT havia constatado que o que aconteceu foi a troca de seis por meia-dúzia. Afrânio não poderia jamais compor de novo com o mesmo grupo que havia quebrado os compromissos e que em vez de representar a mudança almejada pelo PT não representava nem mudança nem tampouco se aproximava dos ideais da esquerda. Afrânio voltou a se candidatar fora dos dois grupos. Entretanto, a imaturidade política do povo desta terra, ainda apegados ao partidarismo fanático, frustrou as expectativas do magrelo que não conseguiu se reeleger vereador. Claramente se notou que Santa Cruz ainda não amadureceu politicamente e que lutar por uma terceira via, no momento, é tarefa vã, sem resultado. Afrânio, então, aliou-se á Oposição e candidatou-se, no último pleito, onde por média, elegeu-se vereador. O mais interessante é que, mesmo se candidatando por um dos grupos tradicionais, Afrânio não perdeu suas características e, embora seja o vilão para as pessoas que o chamaram de traidor quando ele “traiu” um grupo de pessoas, isto é, um partido político, é visto como o representante das pessoas que querem um parlamentar consciente da sua função e sabem que o importante não é ser fiel a um grupo, mas agir sem paixão político-partidária e se posicionar de forma ativa e responsável defendendo os interesses da população como um todo. Antagonismo flagrante: o vereador que é visto como um “traidor” para as pessoas que põem os interesses de um grupo político acima dos interesses do povo é tido como um vereador de confiança entre aqueles que colocam a moralidade e o interesse público muito acima dos caprichos de um certo grupo.Não pensem os partidários nem de um lado nem de outro que Afrânio vai representar os interesses de um grupo. Nada disso. O magrelo vai representar o povo e vai ser o reflexo da luz das mentes mais esclarecidas de Santa Cruz do Capibaribe que nele votaram. A larga maioria dos seus eleitores não é nem boca preta nem taboquinha, confiaram-lhe o voto justamente por ele não pertencer peremptoriamente a nenhuma das facções. Vão acusá-lo de incoerente por ter se candidatado no partido denominado boca-preta. No entanto, incoerência seria se ele se candidatasse pelo grupo taboquinha, do qual já participou e que frustrou todos os seus ideais políticos. Incoerência seria se candidatar por uma terceira via sabendo que a massacrante maioria do povo de Santa Cruz não “cresceu” o suficiente sob o ponto de vista político para elegê-lo por uma terceira opção – sua candidatura seria um aborto. Incoerência seria deixar o magrelo fora da câmara municipal o que desta vez não aconteceu. Antes mil vezes tenha sido eleito por uma das alas tradicionais, mas que esteja na câmara municipal. Assim decidiram as mentes mais esclarecidas.
Clécio Dias.Poeta, Corretor de Imóveis e Estudante de Direito

20 de dezembro de 2008

Aguinaldo Xavier diz NÃO à Manipulação de Um Poder

O histórico da nossa Câmara Municipal nos últimos dez anos tem sido motivo de vergonha tendo em vista a importância do Poder Legislativo na preservação da moral e do respeito à população. Em matéria por mim escrita há dias, narrei alguns fatos que interferiram decisivamente na escolha do Presidente da Câmara e alteraram drástica e negativamente a votação dos projetos apresentados na casa em comento. Nesse sentido, as invasões do Poder Executivo articulando sobre a maioria e a minoria de vereadores, inclusive alterando a escolha soberana do povo, tornaram-se constantes, principalmente quando a eleição da Presidência da Câmara se aproxima.
Esperava-se que acontecesse de novo nos últimos dias, mas a história desta vez não se repetiu. É claro que, todas as possibilidades foram estudadas. Quem vem? Como vêm? Será que vêm? Ora, a alternativa seria que os vereadores atuais alterassem decisivamente na forma de eleição para Presidente da Câmara futura, ou seja, o projeto que garantiria a reeleição para o vereador Fernando Aragão iria ser aprovado agora, antes da posse dos dez eleitos e, diante disso, haveria uma mudança considerável na eleição interna da Câmara que se adaptaria aos caprichos do Poder Executivo. Tamanha invasão e tamanha agressão à escolha do povo. Ora, o Executivo Municipal ainda não se deu conta de que a Câmara representa um Poder autônomo, independente, supremo em suas decisões e, embora tenha sofrido muitas interferências nos últimos dez anos, a função da Câmara não é nem nunca foi ser objeto do Poder Executivo ou de qualquer outro poder constituído, mas ser representante legítimo do povo.
Ter a Presidência da Câmara a seu inteiro dispor era o maior interesse dos que ocupam e ocuparão a chefia do Poder Executivo. Isto é, a cultura de que a Câmara de Santa Cruz é esse órgão que renuncia à sua autonomia e se adapta facilmente aos anseios do chefe do Executivo ainda está em voga e a prova foi esse sutil projeto que nada mais era do que uma forma de “programar” o cargo de Presidente da Câmara por mais quatro anos para um vereador pré-determinado impedindo a participação da Oposição de forma muito mais forte nos dois últimos anos da gestão com a provável eleição de Francisquinho. Como se o Poder Legislativo tivesse de ser mudado, alterado e adaptado ao Poder Executivo que, como vem acontecendo, por todos esses anos vem “participando” nos bastidores e conseguindo seus “objetivos”.
Ao votar contra o tal projeto o vereador Agnaldo respaldou uma maior autonomia à Câmara de Vereadores. O ilustre edil preservou a oportunidade de a Oposição ter seu espaço merecido à frente daquela casa com o vereador Francisquinho e evitou que as pessoas mais conscientes, aquelas que sabem o que o Poder Legislativo significa para uma gestão pública de verdade, não morressem de vergonha de novo como em vezes anteriores em que os cidadãos assistiram a comédias ridículas que mancharam a verdadeira face do que representa um Poder Legislativo. Apesar de muitos questionarem o voto de Agnaldo como sendo por problemas pessoais com o atual prefeito, não cabe a nós questioná-lo, pois se realmente foi isso a mola propulsora do voto de Agnaldo pode ter sido manobra de Deus para que a maioria da população fosse atendida e o Poder Legislativo ganhasse forças para fiscalizar os milhões que entram e saem da prefeitura mensalmente.
De tudo o mais importante: a esperança de que o Poder Legislativo de Santa Cruz do Capibaribe alcance o respaldo perdido em conseqüência dos eventos de última hora que mudaram a escolha do povo por várias vezes e fizeram muitos pensar que uma Câmara de Vereadores é um instrumento nas mãos do chefe do Executivo. Para muitos, os vereadores devem ser empregados e subordinados ao prefeito, aos secretários, às empreiteiras, etc. mas isso é a maior imbecilidade que pode existir. Agnaldo Xavier não “obedeceu” ao prefeito ou a quem quer que seja, mas votou independente e de forma clara, expressando sua vontade desde os primeiros momentos que os comentários do projeto correram pela cidade. Pode ser até que alguém se sentiu derrotado nessa história, talvez um homem que nunca aceita perder tenha se descontentado, mas venceu o Poder Legislativo, inclusive os vereadores que votaram a favor do projeto pensem que perderam, mas se enganam. Eles não sabem que a “honra” do Poder Legislativo é o reflexo de suas próprias honras. Por fim, o espaço que a oposição venha a ganhar nos dois últimos anos da próxima gestão, com Francisquinho ocupando o cargo de presidente da Casa Jose Vieira de Araújo, será uma prova cabal de exercício da Democracia e não importa se um ou dois homens do poder vão perder o que importa é que toda a população vai ganhar, inclusive muitas pessoas que pensam que perderam.

Clécio Dias
Poeta, Corretor de Imóveis e Estudante de Direito.

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