Este blog é organizado pelo Poeta Clécio Dias e tem o objetivo de preservar e divulgar a literatura de cordel da Capital da Sulanca.

23 de novembro de 2007

O Rio Capibaribe


O som das águas do meu rio alegre
Sumiu no tempo como some a vida
E agora a dor do rio é um silêncio
Que se evapora numa voz contida!

Rio Que outrora me serviu de praia
E onde mamãe bem de manhã lavava
Aquelas roupas que comprei nas feiras
Sulancas da cidade que embalava...

Ia crescendo e sempre foi crescendo
Ruas mais ruas Santa Cruz crescia
Pena que o rio foi abandonado
E Santa Cruz do rio se esquecia

O rio ao lado da cidade grande
Chora guardando nossa podridão
E um sentimento de impunidade
Mora no rio e em nosso coração

O rio chora, mas chora baixinho
Todas as noites quando a lua vem
Rio que fez nascer nossa cidade
Hoje esquecido vive sem ninguém

Mas toda noite em me lembro do rio
Ele está triste e até morre de frio!

Quando a cidade se vestir em festa
E quando a Santa aniversariar
Lembrem que o rio é um coração ferido
E nós jamais soubemos presevar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário